Me chame pelo seu nome (livro e filme)

Terminei alguns dias atrás o livro “Call me by your name” e em seguida corri para assistir o filme. Achei o livro muito gráfico, tão visual que mesmo tendo visto a adaptação do cinema, esta não sobrepujou as imagens que foram-me proporcionadas na leitura que fiz.

De fato, quando li, a varanda era um ponto muito importante na história, mas ela simplesmente não existe no filme. Há de se relevar e pra mim, é importante que se consiga separar as duas formas de arte.

Afinal, o filme que estiver totalmente subsumido ao livro está em graves apuros, dado que são linguagens diferentes. Pretender-se tradução é resumir-se a uma coadjuvancia redutora, que não precisa acontecer e mais do que isso, é prejudicial para a apreciação de seu resultado final. Nesse sentido, há de se ter liberdade.

Confesso que criei um certo carinho por esse livro, mesmo tendo ficado entediada com algumas passagens que soaram um pouco pedantes na tentativa de mostrarem-se cheias de cultura, mesmo sabendo que todos eles são cultos. Digo isso mas não quero que soe como crítica, pois tendo a achar que é uma característica do livro que resta aceitar e se sinto tédio, ele não é régua para sentimentos alheios sobre o conteúdo do livro. É agridoce, pois acho lindo mas, ao mesmo tempo, sinto tédio. O pai de Elio disse que há de se cuidar das sensações e dar atenção a elas para que não se esvazie a substancia da vida. De fato, assim estou tentando fazer aqui, experienciando as sensações que o livro causou-me.

Oliver acho que foi o personagem que incomodou-me no filme. Achei fraco, achei que o ator era muito velho para o papel e um pouco desajeitado. O filme tentou captar alguma coisa sobre seus sentimentos mas não sei se foi bem sucedido. Li o livro antes, minha preferencia está nele, mas fico pensando: e se tivesse visto o filme antes? Seria experiência totalmente diferente. É por isso que não tenho gostado muito de sinopses e nem de spoilers.